50 anos depois... Pomarenses voltaram a sentir a “fé ardente e jubilosa” de Aurélio de Campos
Os pomarenses voltaram a receber, com o mesmo entusiasmo de há 50 anos, o cónego Aurélio de Campos, no passado sábado, dia 17 de Fevereiro. Uma visita com um significado especial, porque há precisamente 50 anos atrás, o sacramento que Aurélio de Campos recebeu, a 15 de Agosto de 1956, “começava, neste momento, a tornar-se graça e dom. Um dom de Deus dado ao povo, a este povo de Pomares”, conforme disse Aurélio de Campos.
“Esta freguesia foi a primeira de muitas outras, de muitos serviços, onde eu vim servir o Senhor”, relembra Aurélio de Campos justificando, deste modo, o motivo pelo qual resolveu fazer um almoço e uma missa de louvor e acção de graças, pelo exercício sacerdotal que levou a efeito, em Pomares, durante quase quatro anos de “graça e de felicidade” e, por estes 50 anos ao serviço da “igreja de Jesus”.
Segundo Manuel Campos Mendes, um dos organizadores da missa e do almoço, este dia não pretendeu ser uma homenagem, mas “um agradecimento que nós estamos a fazer ao sr. padre Aurélio por ele vir a Pomares 50 anos depois de cá ter estado”, porque como “ele disse, a vinda para Pomares marcou a sua vida sacerdotal”.
Uma missa de louvor e acção de graças
Crente de que foi “por dom de Deus” que ingressou no seminário, onde teve 12 anos de formação durante os quais “experimentei e vivi sentimentos e emoções várias, assimilei princípios enormes que formataram a minha pessoa e me levaram ao presbiterado da igreja em Coimbra”, Aurélio de Campos confessa, ainda, que recorda o tempo do seminário “com muita alegria. Com altos e baixos, é certo. Com fracassos mesmo, mas também com algumas vitórias”. Sendo certo que tudo isso lhe permitiu o “crescimento da fé, a maturidade confessional e o júbilo de querer servir com louvor a igreja de Jesus”, revelou.
Os pomarenses, à semelhança de há 50 anos atrás, aguardavam ansiosos, a chegada do cónego Aurélio de Campos, com as lágrimas e os sorrisos a estampar-lhes os rostos, enquanto recordavam os tempos vividos com o padre, e esperavam por lhe dar o abraço sentido. No almoço, realizado no quartel da 5.ª secção dos Bombeiros Voluntários de Coja, não quiseram deixar de estar presentes cerca de 80 pessoas que partilharam histórias de vida, das quais o cónego Aurélio de Campos foi cúmplice e, trocaram-se lembranças que vão ajudar a perpetuar os momentos vividos.
O sacristão José Basílio, de 94 anos de idade, ajudou e acompanhou o jovem padre Aurélio no início da sua profissão e, recordou-nos alguns momentos que viveram juntos, nomeadamente quando se deslocavam para algum lado de noite para sacramentar alguém. Fernanda Caseira lembrou-nos a ajuda que recebeu do prior e da família deste na educação de suas filhas, sentindo por isso “muita amizade” e desejando “muitas felicidades” a Aurélio de Campos e à família.
Porém, estes são apenas dois testemunhos que representam a generalidade dos sentimentos que os populares nutrem pelo cónego, que durante a sua estadia iniciou a colónia de férias e, a publicação do jornal mensal “Notícias de Pomares”, “mantendo entre os pomarenses um importante meio de comunicação”, conforme explicou.
“Pomares marcou a sua vida sacerdotal”
“Guardião de segredos”, conselheiro, amigo foram algumas das virtudes que as gentes de Pomares conheceram de Aurélio de Campos, que através dos princípios do Evangelho procurou cimentar nos corações, daqueles que encontrava no seu caminho, a palavra de Deus e a “fé ardente e jubilosa”.
Em relação ao tempo que permaneceu em Pomares garante não se recordar “de ter recebido qualquer ofensa e desrespeito. Com todos convivi e criei amizades que ainda hoje perduram”, afirmou o cónego Aurélio de Campos.
O inesquecível choro das crianças
“Esta freguesia foi a primeira de muitas outras, de muitos serviços, onde eu vim servir o Senhor”, relembra Aurélio de Campos justificando, deste modo, o motivo pelo qual resolveu fazer um almoço e uma missa de louvor e acção de graças, pelo exercício sacerdotal que levou a efeito, em Pomares, durante quase quatro anos de “graça e de felicidade” e, por estes 50 anos ao serviço da “igreja de Jesus”.
Segundo Manuel Campos Mendes, um dos organizadores da missa e do almoço, este dia não pretendeu ser uma homenagem, mas “um agradecimento que nós estamos a fazer ao sr. padre Aurélio por ele vir a Pomares 50 anos depois de cá ter estado”, porque como “ele disse, a vinda para Pomares marcou a sua vida sacerdotal”.
Uma missa de louvor e acção de graças
Crente de que foi “por dom de Deus” que ingressou no seminário, onde teve 12 anos de formação durante os quais “experimentei e vivi sentimentos e emoções várias, assimilei princípios enormes que formataram a minha pessoa e me levaram ao presbiterado da igreja em Coimbra”, Aurélio de Campos confessa, ainda, que recorda o tempo do seminário “com muita alegria. Com altos e baixos, é certo. Com fracassos mesmo, mas também com algumas vitórias”. Sendo certo que tudo isso lhe permitiu o “crescimento da fé, a maturidade confessional e o júbilo de querer servir com louvor a igreja de Jesus”, revelou.
Os pomarenses, à semelhança de há 50 anos atrás, aguardavam ansiosos, a chegada do cónego Aurélio de Campos, com as lágrimas e os sorrisos a estampar-lhes os rostos, enquanto recordavam os tempos vividos com o padre, e esperavam por lhe dar o abraço sentido. No almoço, realizado no quartel da 5.ª secção dos Bombeiros Voluntários de Coja, não quiseram deixar de estar presentes cerca de 80 pessoas que partilharam histórias de vida, das quais o cónego Aurélio de Campos foi cúmplice e, trocaram-se lembranças que vão ajudar a perpetuar os momentos vividos.
O sacristão José Basílio, de 94 anos de idade, ajudou e acompanhou o jovem padre Aurélio no início da sua profissão e, recordou-nos alguns momentos que viveram juntos, nomeadamente quando se deslocavam para algum lado de noite para sacramentar alguém. Fernanda Caseira lembrou-nos a ajuda que recebeu do prior e da família deste na educação de suas filhas, sentindo por isso “muita amizade” e desejando “muitas felicidades” a Aurélio de Campos e à família.
Porém, estes são apenas dois testemunhos que representam a generalidade dos sentimentos que os populares nutrem pelo cónego, que durante a sua estadia iniciou a colónia de férias e, a publicação do jornal mensal “Notícias de Pomares”, “mantendo entre os pomarenses um importante meio de comunicação”, conforme explicou.
“Pomares marcou a sua vida sacerdotal”
“Guardião de segredos”, conselheiro, amigo foram algumas das virtudes que as gentes de Pomares conheceram de Aurélio de Campos, que através dos princípios do Evangelho procurou cimentar nos corações, daqueles que encontrava no seu caminho, a palavra de Deus e a “fé ardente e jubilosa”.
Em relação ao tempo que permaneceu em Pomares garante não se recordar “de ter recebido qualquer ofensa e desrespeito. Com todos convivi e criei amizades que ainda hoje perduram”, afirmou o cónego Aurélio de Campos.
O inesquecível choro das crianças
Como curiosidade, há cinquenta anos, o vale de Pomares ficou cheio com um grupo de raparigas, que cantaram “canções jubilosas de boas-vindas”, das quais a edição de A Comarca de Arganil, de 19 de Fevereiro de 1957, destaca a seguinte: “O senhor abençoai/ Este nosso bom Pastor/Que nós vimos esperar/ Com alegria e amor. // Senhor Prior seja benvindo/ Para a nossa freguesia/Somos Cristãos e devotos/Filhos da Virgem Maria”.
E, à semelhança de há 50 anos atrás esta, também, “foi uma festa cheia de beleza e significado, que muito honra a gente de Pomares”, como se pode ler na A Comarca de Arganil.
Na sua passagem por estas terras, o que mais custou a Aurélio de Campos foi “o choro das crianças”, quando se despediu de Pomares e, “isso só poderia acontecer pela minha fé e respeito. Mas, custou-me muito do fundo do coração sair desta paróquia”, desabafou com saudade daquele tempo.
Para terminar, em jeito de mensagem Aurélio de Campos aconselhou os presentes a viverem intensamente os princípios da amizade, fraternidade, partilha, perdão, colaboração, participação, justiça, caridade e da paz.
Cristina Correia Pinto
Na sua passagem por estas terras, o que mais custou a Aurélio de Campos foi “o choro das crianças”, quando se despediu de Pomares e, “isso só poderia acontecer pela minha fé e respeito. Mas, custou-me muito do fundo do coração sair desta paróquia”, desabafou com saudade daquele tempo.
Para terminar, em jeito de mensagem Aurélio de Campos aconselhou os presentes a viverem intensamente os princípios da amizade, fraternidade, partilha, perdão, colaboração, participação, justiça, caridade e da paz.
Cristina Correia Pinto
In A Comarca de Arganil
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