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A mostrar mensagens de 2007

“malmequeres os lábios molhados” lançados na aurora da vida

Aos 16 anos de idade, Cláudia Borges, natural de Cabanas de Viriato, continua a dar passos firmes para atingir um patamar, segundo a crítica, muito alto na poesia. “malmequeres os lábios molhados” é o seu quarto livro de poesia apresentado ao público no passado domingo, 2, no salão da Filarmónica cabanense, editado pela Palimage e com nota de abertura de Mário Soares, ex-presidente da República. Na sessão de lançamento, com leitura de poesia pelo grupo poético “Sarau dos Danados”, do qual a jovem poetisa faz parte, foi visível o prazer que o mais comum dos mortais tem em poder partilhar o dia-a-dia com Cláudia Borges, o membro mais jovem da Associação Portuguesa de Escritores e da Associação Portuguesa de Poetas, dada a simplicidade e humildade com que guia o leitor através do seu mundo de menina e de poetisa, onde existe “um trabalho da palavra invulgar, um trabalho maduro e intenso à volta da metáfora, do ritmo, do vocabulário, da construção de imagens”, conforme caracteriza o poeta

“Memórias em voo rasante” partilhadas em Santa Comba Dão

-» “Contributos para a História política recente da África Austral” Depois do enorme sucesso obtido em Moçambique, o livro “Memórias em voo rasante”, da autoria de Jacinto Soares Veloso, foi lançado na Casa da Cultura de Santa Comba Dão, no passado sábado, 17. Com uma casa pouco composta, com cerca de duas dezenas de pessoas, este lançamento contrastou com os inúmeros leitores que fizeram com que a obra, lançada em Dezembro de 2006, em Moçambique, esgotasse 72 horas após a primeira tiragem, obrigando a uma segunda tiragem, e posteriormente a uma segunda edição em Fevereiro do corrente e a uma terceira em Julho. Recorde-se que “Memórias em voo rasante” foi lançado na passada quarta-feira, 14 em Lisboa, apresentado pelo arquitecto Nuno Teotónio Pereira e por António de Almeida Santos. “Um bom lançamento, estava muita gente, foi muito interessante”, recordou ao O Tabuense , Jacinto Veloso. Na cidade santacombadense, o livro contou com a apresentação de Fernando Veloso, primo do au

Maria José Costa uma filha do mar que voa como as gaivotas

“…o som das ondas é como as harpas, tocadas por anjos, suave que me encanta…” Maria José Costa Dizem que os artistas são estranhos, talvez por serem seres inconformados com o mundo que os rodeia. Sensíveis, amantes insaciados procuram através da arte uma resposta, um caminho, uma razão para o mundo onde vivem, enfim… que alguém ouça o grito que lhes aperta o peito e liberta a alma. No lugar de Santo Antão, freguesia de Sinde, concelho de Tábua, vive a poetisa e pintora Maria José Costa. Com uma paixão nata pelo mar e por tudo o que lhe diz respeito, a artista voa como as gaivotas, regida pelas marés, com frases, pensamentos e vivências que jamais esquecerá. “E se alguém acreditar Que o amor não está a mudar, É um poeta Um sonhador … um grande sofredor… Que acredita no que os outros não conseguem Enxergar Que no fundo de um triste olhar, Ainda há uma f

Mariazinha… uma estrela com 108 anos de vida

Aos 108 anos de vida, Maria da Costa Almeida, mais conhecida por Mariazinha, orgulha-se de ter um rosto mais liso do que algumas mulheres mais novas e, de até há bem pouco tempo fazer muito bem o arroz doce. Nascida a 29 de Setembro de 1899, em Candosa, no mesmo mês e ano que o poeta José Régio, diz que já não liga a quase nada do outro tempo e, conta-nos alguns segredos para uma vida longa. A viver com a filha Irene Santos, de 77 anos de idade, Mariazinha foi sempre uma pessoa saudável. “Lá tinha uma coisita de vez em quando”, conta Irene revelando que a sua mãe nunca teve nada de preocupante, só aos 96 anos de idade, quando foi operada à vesícula. Hoje, queixa-se que lhe dói o braço e anda com a ajuda de uma bengala, desde que caiu há cerca de meio ano. “Não se dançava o baile sem a Mariazinha lá ir” Na sua infância andou na escola, na Lageosa (Oliveira do Hospital), onde tinha família, mas não chegou a aprender a ler. Esteve lá alguns meses por que era “muito brincalhona”, só anos m

Dom Escuro lançado no esplendor da juventude

Dom Escuro é o mais recente livro de Carlos Edgar, no qual mais uma vez foca a temática do medo. Depois, de A Verdadeira História do Capuchinho Vermelho , o escritor natural da vila de S. João de Areias, aos 27 anos, continua dedicado à escrita infanto-juvenil. Viajar através das letras e das palavras é um sonho de Carlos Edgar, que ganhou asas com o nascimento da sua filha. O horizonte é “atingir outro público, mas para já esta é uma área que deve ser muito mais trabalhada, pela mais-valia que é para a sociedade trabalharmos esta faixa etária”, justifica. No entanto, o jovem escritor desvenda que tem “uma obra praticamente concluída, virada para os adultos, mas desta vez não vai focar medos, vai focar as questões do ser mediático, o custo que as pessoas pagam para serem mediáticas, para aparecerem, basicamente é isso”. “Esta obra foi escrita baseando-se nos próprios medos que eu tinha, quando era criança e, nas dificuldades que nós temos muitas ve

O Meu Pecado apresentado entre familiares e amigos

Quase duas décadas depois de ter sido alinhavado, Celeste Cortez apresentou O Meu Pecado. Um romance que esteve guardado na gaveta por falta de tempo, e que agora numa edição de autor veio a público, na passada sexta-feira, 7, na Biblioteca Municipal de Carregal do Sal. Com origens em Carregal do Sal, Celeste Cortez foi muito jovem para África, onde teve o seu percurso de vida. Aos 19 anos era editora de uma revista feminina e só anos mais tarde, em 1989, depois de ir para África do Sul é que escreveu os três primeiros capítulos deste romance. “Fiz o primeiro capítulo que hoje é o penúltimo e o último em 1989” , recorda explicando que no ano de 2003 encontrou o primeiro capítulo numa gaveta, considerando que esta seria a altura ideal para escrever para as suas netas, não pensando em “leitores”. Hoje, O Meu Pecado é uma história de ficção, onde a autora fala “muito discretamente” de seu pai. “O seu nascimento foi no solar de Cabriz, portanto eu ponho-o ali em A

Rimary… a artista da sensibilidade

Desta vez, fomos saber mais sobre azulejaria. Motivados pela curiosidade de saber quem é, afinal, a autora dos painéis de azulejos que dão outro brilho a Santa Comba Dão, e a tantas outras terras, entrámos no mundo de Rimary. Uma artista simples, de uma sensibilidade rara, capaz de dar uma dimensão incalculável a aspectos da vida, que passam distantes da maioria dos mortais. Actualmente, com o privilégio de fazer aquilo que gosta, Rimary conta-nos o porquê de ter trocado um trabalho de 20 anos pela arte. “Fui secretária e depois achei que estava na altura de fazer algo completamente diferente, que me desse gosto e prazer, não só pelo facto de poder ganhar dinheiro, como pelo prazer pessoal. Tirei um curso e estou a trabalhar naquilo que realmente gosto”, revela a pintora que transformou a azulejaria em profissão. “Fui aperfeiçoando e apanhando gosto por aquilo que fazia e esperando para que as pessoas vissem o que eu fazia, para terem noção de que realmente eu não fazia só porque apren

David Oliveira... um artista consagrado na medalhística

“Considero-me o melhor medalhista de Portugal. E sou”, garante-nos David Oliveira durante a visita guiada que nos fez à sua exposição permanente, na Casa da Cultura de Santa Comba Dão, onde se podem ver os cerca de 200 trabalhos que doou à Câmara Municipal. Fotógrafo profissional, empresário de cinema, jogador de futebol, tesoureiro da caixa Geral de Depósitos de Santa Comba Dão, comerciante são, apenas, algumas das profissões que David Oliveira exerceu. Escusado seria perguntar qual delas lhe deu mais gosto, pois basta ver o seu espólio e, o modo como fala da arte para concluirmos que nenhuma delas lhe deu tanto gozo, como o facto de poder dominar a Arte. Aos 84 anos de idade, fala-nos da Arte como quem ainda tem muito por descobrir e fazer. Artista consagrado na medalhística revela que o que lhe deu “fama” foi a colecção dos Pelourinhos, Câmara e Brasão. Contudo, as técnicas de óleo, aguarela, tinta da china, carvão e a magia de moldar o gesso, associadas à fo

Procópio Gageiro um canteiro artesão... “com trabalhos espalhados pelo mundo inteiro”

Com trabalhos espalhados pelo mundo inteiro, Procópio Martinho Gageiro é um autodidacta como canteiro artesão. A viver em Casal de S. João, freguesia de Vila Cova de Alva, há 3 anos, explica-nos que, enquanto artista, tem falta de apoios e que as dificuldades na arte têm sete, oito anos, por causa dos Governos”. Aos 76 anos de idade, abre-nos o seu álbum de memórias e guia-nos até à sua vida em Fanhões, freguesia de Loures, alertando-nos que desde pequeno que tem o dom de trabalhar a pedra, para dar vida a estatuetas, leões, candeeiros, relógios de sol, santos, enfim... é só lhe pedirem que ele faz com amor. “Eu quando me ponho a fazer um trabalho gosto de fazer tudo. Eu trabalho com gosto, com amor, por amor, Não sou daquelas pessoas que começam a fazer uma peça e daqui por um bocadinho abalam. Eu quando estou a fazer uma peça, seja ela qual for, estou a trabalhar com amor à arte”, desabafa. Porém, em criança queria trabalhar num talho, “porque os senhores do t

“A Ponte Submersa” é “um memorial que é devido”

“Esta é a incrível história de um homem que destruiu a vida de três jovens cheias de sonhos promissores, arrastando no mesmo golpe a cidade que o viu nascer…” In A Ponte Submersa “A Ponte Submersa” é o mais recente trabalho de Manuel da Silva Ramos. Apresentado no auditório da Casa da Cultura de Santa Comba Dão, no passado sábado, 21, o romance é uma ficção que tem por base os malogrados acontecimentos que abalaram a cidade, no ano passado. Apresentado por António Sousa Guedes, director da Voz do Dão, e por Fernando Paulouro Neves, director do Jornal do Fundão, o livro das Publicações Dom Quixote, segundo Luís Cunha, em representação da autarquia local, “é um momento forte na nossa terra” e, “é um memorial que é devido”. Sousa Guedes considera a leitura do mesmo “bastante complicada, porque além de o ter vivido e, ainda viver este problema bem de perto e, como santacombadense que sou, não foi fácil a leitura”, sublinhou com um discurso pautado pela emoção. Na sua opinião, o romance de

Conny Kadia e o seu encontro com a música e cultura africana

Há dias deixámo-nos levar pela melodia dos djembés e dos doundouns e fomos parar à Quinta Mondega, na freguesia de Póvoa de Midões, no concelho de Tábua. Ali, no meio da natureza encontrámos Conny Kadia, uma mestre de djembé que nos recebeu para melhor percebermos o que leva uma alemã a apaixonar-se pela música e cultura africana e, a enraizar-se em Portugal. Nascida na Alemanha, em 1965, Conny teve aulas de piano clássico, desde os 6 anos de idade, para além disso aprendeu órgão de igreja e, estudou na Universidade de Marburg, na Alemanha, as disciplinas de política e filosofia. Acrescenta que é autodidacta, no que concerne à música jazz, flauta transversal e saxofone. Aos 28 anos encontrou-se com a música e cultura africana, através do djembé. “Com o acabamento dos estudos encontrei a cultura africana e, as pessoas puxaram-me para tocar djembé, não fui eu... porque foi estranho para mim também, mas as pessoas viam capacidades, nesta música. E, então ao final dos 20 anos eu comecei co

Babet......a poetisa “profundamente religiosa”

Ser poeta é viver intensamente Cada dia e, cada hora que passamos... Ilusões d'alma perdendo finalmente Quando, em lugar de cantar, nós choramos!! Resivida, 10/VII/2007 Babet Dom de família, sentimentos que se desejam possuir ou simplesmente um mistério da alma são algumas das explicações que Hilda Babet nos dá para melhor entendermos o que é Ser Poeta. “Sou acima de tudo muito religiosa e, como profundamente religiosa diz a palavra de Deus: aquilo que temos no coração é aquil

António Pepe uma força da natureza aos 100 anos de vida

Nascido a 1 de Julho de 1907, na Quinta do Ameal, na freguesia de Póvoa de Midões, António Pepe é aos 100 anos uma verdadeira força da natureza. Um exemplo de vida que todos os seus familiares e amigos admiram. “Um homem bom, alegre, divertido, cheio de vida”, dizem-nos satisfeitos por terem o tio Pepe tão próximo e tão “rijo”. Com vontade de durar mais uma dezena de anos, António Pepe festejou o seu século de vida rodeado de amor e carinho, no restaurante a “Paragem”, na Venda da Serra. Mais do que um dia memorável, o dia 1 de Julho de 2007 foi uma experiência única na vida de todos os presentes. “É um momento único, uma marca na minha vida. Nunca tinha dado parabéns a alguém que tinha feito 100 anos. Obrigada pela sua força”, agradeceu ao aniversariante Leonor Gomes em nome de todos os convivas. Sempre com o lema “como e calo” bem presente, António Pepe diz que devemos guardar o melhor para nós. “Posso ter uma rapariga, ela quer e eu quero… como e calo, mais nada”, explica-nos para

Apicultor por desporto

Água, glicose, frutose, açúcares e outras substâncias podem não dizer nada ao comum dos mortais, mas certamente para um apicultor isto tudo só tem um significado possível… mel. Característico da nossa região, o mel silvestre é feito a partir de substâncias recolhidas “de todas as flores e plantas”, conforme nos explica António Nunes Esteves, produtor de mel, de 77 anos de idade, residente em Tábua. Detentor de cerca de 40 colmeias, distribuídas pela Mealhada, Tábua e Ázere diz-nos que o que distingue o mel é a cor, o paladar, o aroma e a textura e, que “para se ter mel dá muito trabalho. É um desporto muito caro”, porque “é preciso andar sempre em cima das abelhas para evitar as doenças e as pragas”, salienta. Uma actividade que começou por ser uma brincadeira, porque segundo o próprio “a gente começa tudo por uma brincadeira e, depois vai apanhando o gosto. Eu apanhei o gosto pelas abelhas. Havia pessoas amigas que tinham mel, eu ia ajudá-las e, assim começou”, confessa afirmando que

António Francisco Barata enaltecido no I Aniversário da Biblioteca Municipal

Com a colaboração do mestre João Simões e da Escola E.B. 2,3 de Góis, António Francisco Barata foi lembrado e homenageado no dia do primeiro aniversário da Biblioteca Municipal, da qual é patrono, na passada segunda-feira, 12. Lembrar António Francisco Barata em data de primeiro aniversário prende-se com o facto de a autarquia ter decidido “aprofundar mais a figura do seu patrono, alargando o conhecimento desta figura, a mais goienses e interessados na cultura de Góis, que ainda desconhecem o seu trabalho intelectual e a defesa que sempre fez de Góis, a sua terra natal”, esclareceu Helena Moniz, vice-presidente da Câmara Municipal de Góis e vereadora da cultura. Francisco Barata é hoje o exemplo de muitos goienses que outrora “conseguiram singrar na vida fruto do seu empenho, trabalho e iniciativas, apresentando baixas habilitações literárias”, é, também, uma figura que deu um “enorme contributo para erguer esta Biblioteca… Esperamos agora que as crianças e jovens vejam nele

50 anos depois... Pomarenses voltaram a sentir a “fé ardente e jubilosa” de Aurélio de Campos

Os pomarenses voltaram a receber, com o mesmo entusiasmo de há 50 anos, o cónego Aurélio de Campos, no passado sábado, dia 17 de Fevereiro. Uma visita com um significado especial, porque há precisamente 50 anos atrás, o sacramento que Aurélio de Campos recebeu, a 15 de Agosto de 1956, “começava, neste momento, a tornar-se graça e dom. Um dom de Deus dado ao povo, a este povo de Pomares”, conforme disse Aurélio de Campos. “Esta freguesia foi a primeira de muitas outras, de muitos serviços, onde eu vim servir o Senhor”, relembra Aurélio de Campos justificando, deste modo, o motivo pelo qual resolveu fazer um almoço e uma missa de louvor e acção de graças, pelo exercício sacerdotal que levou a efeito, em Pomares, durante quase quatro anos de “graça e de felicidade” e, por estes 50 anos ao serviço da “igreja de Jesus”. Segundo Manuel Campos Mendes, um dos organizadores da missa e do almoço, este dia não pretendeu ser uma homenagem, mas “um agradecimento que nós estamos a fazer ao sr. padre

A confissão de um lutador

Aos 84 anos de idade, António Borges, mais conhecido por Salinha, “confessa” algumas passagens da sua vida, ao nosso jornal, num diálogo marcado pela força de vontade e guiado pela fé. Natural de Vinhó, ficou sem pai aos três anos e meio. “Fui para a escola aos 8 anos, andei lá até aos 12. Andava eu na quarta classe e, a professora bateu-me sem eu ter culpa nenhuma, fez-me as pernas negras”, diz-nos desabafando que ficou sem vontade de estudar, mesmo sem ter perdido nenhum ano e prestes a fazer o exame da quarta classe. Magoado com o sucedido, um dia, quando encontrou José Augusto Gaspar a construir a estrada de Vinhó para a Portela contou-lhe as suas “queixas”. Aconselhado pelo construtor a continuar os estudos, respondeu que estava “zangado”. Entretanto, a oportunidade de ajudar na construção da estrada foi-lhe dada e, quando chegou a casa disse à mãe para onde ia trabalhar. “Ela ficou toda surpreendida, mas, também, coitada como a vida era ruim, ela queria que eu ganhasse algum dinh

95 anos de uma vida talhada pela simplicidade

Nascida em Folques a 12 de Março de 1912, Lúcia Ventura é franca ao dizer que não sabe qual é o segredo para se chegar aos 95 anos de idade. Provavelmente por dom de Deus ou por outro motivo qualquer, Lúcia é uma mulher alegre na sua maneira de estar, simples na forma como se exprime e invejável na arte de articular as ideias. “Lembro-me de ser gente desde os 7 e, dos 7 aos 95 há muito que dizer”, explica-nos Lúcia Ventura argumentando que falar da sua vida “não é fácil”, porque como confessou há muito para dizer e inúmeras vivências para recordar. Motivo pelo qual nos alinhavou alguns dos momentos mais significativos da sua vida até aos dias de hoje. Apaixonada pela costura. A nossa conversa decorreu na sala de trabalhos manuais, do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, debaixo de um ambiente acolhedor pautado pelas interrupções alegres e carinhosas daqueles que com ela partilham as histórias, os momentos e os saberes do dia-a-dia. Os amigos aproximavam-se e davam-lhe os Parab